Por Miguel Murta Cardoso, cofundador do Corner.

Com o ritmo de trabalho a aumentar e as 24 horas do dia a permanecerem as mesmas, é natural que as empresas procurem maneiras de melhorar a experiência diária dos seus colaboradores. Hoje em dia, não é incomum encontrar escritórios equipados com ginásios, cabeleireiros, serviços de massagem e até lavanderias. Tudo isso com o propósito de fazer com que os colaboradores sintam que o tempo que passam na empresa vale a pena. Essa tendência deixou de ser um “extra” e passou a ser um fator determinante para atrair e reter talentos.

Entretanto, entre todas essas facilidades, há um aspecto que frequentemente é esquecido: a maneira como cuidamos da alimentação e da conveniência no local de trabalho. Embora possa parecer um detalhe, isso tem um impacto direto no bem-estar, na produtividade e até na cultura da organização.

Pequenos-almoços desbalanceados, refeições apressadas e lanches pouco saudáveis afetam mais do que a saúde: comprometem o foco, a energia e até o humor. Quando boas opções estão disponíveis no escritório, as pessoas fazem escolhas mais saudáveis, o que se reflete nos resultados. Mais energia, maior concentração e, a longo prazo, menos ausências.

Além disso, existe um custo oculto nas “idas à rua”. Sair para almoçar, lanchar ou comprar algo tão simples e necessário quanto um penso higiénico pode significar mais de uma hora afastado da mesa. Essa interrupção prejudica o fluxo de trabalho individual e em equipe, reduzindo momentos informais de convívio que são essenciais para o espírito de equipe.

Nesse contexto, as plataformas de delivery parecem ser uma boa solução. Contudo, nem sempre são ideais: muitas vezes oferecem refeições menos saudáveis, custos adicionais de serviço e entrega para o colaborador, além de esperas desnecessárias pela entrega. O hábito de comer sozinho na mesa também contribui para o isolamento.

E as máquinas de snacks? Apesar de serem práticas, muitas têm uma oferta limitada e insalubre. A experiência pode ser frustrante: opções escassas, produtos processados, artigos que ficam emperrados, máquinas com problemas técnicos e uma sensação de desatualização. Em empresas que investem em ambientes modernos e acolhedores, vale a pena manter soluções que já não atendem às expectativas dos colaboradores?

Hoje, já existem soluções que valorizam a autonomia, como os micromercados ou honest markets, que estão ganhando espaço nas empresas ao redor do mundo. Esses formatos combinam conveniência e variedade, oferecendo uma alternativa mais completa e atualizada em relação às opções tradicionais. Ao facilitar o dia a dia dos colaboradores, estão não apenas transformando as pausas, mas também o ambiente e os resultados das empresas, por meio de benefícios concretos:

  • Mais saúde e energia: colaboradores mais focados, ativos e produtivos.
  • Mais tempo útil: menos deslocações e pausas melhor aproveitadas.
  • Mais interação: refeições e cafés compartilhados fortalecem a conexão entre colegas.
  • Menos estresse diário: sem a necessidade de planejar o que levar ou onde comprar.
  • Melhor cultura: cuidar da alimentação é cuidar das pessoas.
  • Sustentabilidade: menos embalagens, entregas e desperdício.
  • Atração e retenção: marcas que valorizam a experiência interna se destacam.

Criar um bom ambiente de trabalho envolve prestar atenção aos detalhes do dia a dia. A maneira como se faz uma pausa, se toma um café ou se escolhe um lanche diz muito sobre os valores de uma empresa.

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