O número de alunos no ensino obrigatório voltou a crescer, ultrapassando 1,6 mil no âmbito do pré-escolar e secundário, embora também se registe um aumento no número de crianças a chumbar ou a abandonar a escola no segundo ciclo.

As informações são provenientes do relatório “Educação em Números 2025”, elaborado pela Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência (DGEEC), que apresenta dados sobre alunos, professores, pessoal não docente e recursos tecnológicos no período de 2013/2014 a 2023/2024, evidenciando a continuidade da tendência de aumento de alunos iniciada no ano letivo de 2021/2022.

O relatório indica o fim de um “inverno demográfico”, durante o qual o número de crianças nas escolas diminuía anualmente. No mês de setembro de 2023, as instituições de ensino do continente acolheram mais 10.132 crianças e jovens em comparação com o ano anterior, especialmente nas turmas de pré-escolar e dos primeiros e terceiros ciclos.

No entanto, também cresceu o número de alunos do ensino básico que chumbaram ou desistiram. Entre os estudantes do quinto e do sexto ano, mais de 7.600 crianças chumbaram ou abandonaram a escola, representando 3,9% do total de alunos a estudar em escolas do continente, um aumento face aos 3,7% do ano anterior.

No que diz respeito ao ensino secundário, registou-se uma ligeira diminuição nos chumbos e desistências, passando de 9,8% para 9,6% a nível nacional, conforme indicam as tabelas do relatório da DGEEC. Além disso, as taxas de retenção e desistência no ensino secundário são inferiores nas escolas privadas (15,2%) em comparação com as públicas (18,3%).

Desde o começo do século, o número de jovens que concluíram o ensino secundário praticamente duplicou, passando de 65.395 no ano letivo de 2000/2001 para 111.637 há dois anos.

A taxa de pré-escolarização também teve um aumento significativo desde o início do século, atingindo atualmente 94,5%. Contudo, ainda é um desafio para muitas famílias conseguir uma vaga, especialmente nas áreas de Setúbal (83,5% de taxa de pré-escolarização) e Lisboa (89%). Além disso, parece ser mais difícil encontrar vaga para crianças de três anos, que estão menos representadas nessas escolas (apenas 83,8%).

Quase metade das famílias opta pelo ensino privado para os seus filhos. Contudo, a maioria das famílias prefere inscrever as crianças em escolas públicas até ao término da escolaridade obrigatória: Apenas dois em cada dez alunos (21%) frequentam uma escola privada, uma média que não reflete completamente o cenário do pré-escolar, onde 46% das crianças estão em instituições privadas.

De acordo com o relatório da DGEEC, em setembro de 2023 havia 1.613.945 alunos, desde o pré-escolar ao secundário, com a maior parte do aumento a ser sentida nas escolas públicas.

As cerca de oito mil escolas públicas e privadas contam com quase 150 mil professores, sendo que metade deles leciona no terceiro ciclo e no ensino secundário, além de mais de 155 mil colaboradores.

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