A ministra do Trabalho anunciou que concederá mais tempo à UGT para que possam analisar a nova proposta do Governo sobre a alteração da lei laboral, enquanto o secretário-geral da central elogiou a “maior abertura” do executivo.

«A UGT solicitou mais tempo para examinar o anteprojeto [da reforma à legislação laboral] e para considerar as propostas de alteração que já tínhamos apresentado na última reunião», afirmou a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, em declarações a jornalistas após uma reunião bilateral com a UGT.

Reconhecendo “a importância deste dossier” e o fato de a UGT ser “um parceiro muito forte”, o executivo “dará à UGT o tempo necessário para realizar essa análise”, acrescentou a governante.

«Não temos razão para recusar, mesmo com o clima de possibilidade de uma greve [geral]. Portanto, vamos conceder à UGT o tempo que pediu e depois reatar as negociações», indicou Rosário Palma Ramalho, evitando, no entanto, definir um prazo específico.

Após o anúncio da greve geral, o Ministério do Trabalho apresentou à UGT uma nova proposta, com algumas modificações em relação ao anteprojeto enviado em Julho, mas a central sindical considerou que as mudanças eram “muito pouco” para cancelar a paralisação.

questionada sobre a possibilidade de um entendimento com a UGT, a ministra do Trabalho não se comprometeu, mas reafirmou a disposição para o diálogo.

«As negociações têm seu tempo e o futuro dirá se conseguiremos chegar a um acordo. O que posso afirmar é que o Governo fará tudo o que estiver ao seu alcance» para conseguir um consenso na Concertação Social, destacou a ministra, enfatizando a “postura de diálogo” mesmo diante de um «ambiente que pode ser visto como quase uma ruptura nas negociações».

Ainda que já tenha mencionado que o Governo deseja manter “as traves mestras” do anteprojeto, Rosário Palma Ramalho garantiu que o executivo “não está imobilizado neste processo”, optando, no entanto, por não revelar quais questões está disposta a alterar, especialmente quando questionada sobre o retorno ao banco de horas individual ou sobre a revogação da norma que impõe restrições ao outsourcing em casos de despedimento.

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