Na DevScope, a flexibilidade com responsabilidade e a autonomia com resultados coexistem de forma harmoniosa. Em fase de crescimento exponencial, o foco está no empoderamento dos colaboradores, baseado em um aspecto essencial: a escuta ativa.

Por Tânia Reis

Com sede no Porto e parceira da Microsoft desde o seu início, a DevScope se fortaleceu em 2023 com a entrada da Explorer Investments como acionista majoritário. Atualmente, esta empresa portuguesa, especializada em Data, Business Intelligence, Inteligência Artificial (IA) e SharePoint, vive um ciclo de crescimento acelerado, que Stéphanie Dermagne, diretora de People & Culture, considera desafiador, mas muito positivo. «Crescer implica naturalmente mudanças – novas pessoas, novas estruturas, novas ambições.»

A prioridade tem sido assegurar que, mesmo nesse contexto de transformação, a cultura mantenha-se como fio condutor. «Temos investido numa comunicação próxima, numa liderança consciente e na escuta ativa para garantir que as pessoas se sintam parte deste novo ciclo», destaca.

No entanto, permanecem alguns desafios. «Encontrar o equilíbrio entre a autonomia que as pessoas desejam e a clareza que a organização precisa para crescer de forma consistente» é um deles. Além disso, «atrair talento altamente qualificado em áreas como IA e Engenharia de Dados continua a ser competitivo», e a diretora reconhece que isso requer uma proposta de valor que ultrapasse o salário e benefícios.

Dessa forma, na DevScope, os colaboradores estão no centro. «A nossa estratégia assenta em cinco pilares: flexibilidade com responsabilidade; cultura de autonomia e confiança; foco no desenvolvimento contínuo; cuidado genuíno com o bem-estar; e inovação como parte do nosso ADN.» A diretora de Pessoas admite que, em relação ao cuidado com os colaboradores, estão em constante evolução. «Sabemos que promover bem-estar e autonomia exige mais do que boas intenções: requer práticas consistentes, escuta ativa e capacidade de adaptação.»

Mais do que práticas isoladas, Stéphanie Dermagne enfatiza a maneira como a empresa vê suas pessoas de forma integrada, «como profissionais, mas também como seres humanos com diferentes ritmos, contextos e ambições. Gerir começa por cuidar; e cuidar começa por escutar», defende. Além de reuniões individuais, pesquisas ou processos estruturados de feedback, a ênfase está na construção de um modelo de autonomia com bases sólidas e sustentáveis. Para ela, «não se trata apenas de permitir flexibilidade, mas sim de confiar nas pessoas e nas lideranças para tomar decisões responsáveis», alinhadas aos objetivos da organização.

Flexibilidade com responsabilidade
Essa estratégia é fundamentada no empoderamento das lideranças em diversos níveis, buscando descentralizar decisões e valorizar a proximidade com as equipes, o que é, «por si só, um voto de confiança nas pessoas, em seu crescimento e em sua capacidade de se auto-regularem».

Um exemplo claro disso é o modelo de trabalho híbrido e flexível, que «surgiu de escuta e experimentação, já antes da pandemia de COVID-19», e que não impõe dias obrigatórios de presença no escritório. «Queríamos criar um ambiente que respeitasse a diversidade das pessoas e suas funções», recorda.

Portanto, a flexibilidade oferecida baseia-se na confiança, mas é acompanhada pela responsabilidade e sustentada por objetivos claros. Na DevScope, acredita-se «que o valor do trabalho está no que se entrega e não onde se está». Valorizam «o conforto e o bem-estar, mas também o foco e o compromisso com os resultados».

No âmbito do desenvolvimento contínuo, a empresa assume um compromisso genuíno com o crescimento de suas pessoas. Stéphanie Dermagne relata que criaram «espaços para aprendizado contínuo, para transição entre áreas, para enfrentar novos desafios.» Mais do que uma progressão linear, o objetivo é promover uma evolução com sentido, alinhada ao que faz sentido para cada indivíduo. Assim, a escuta ativa permite que cada um construa seu Plano de Desenvolvimento e Progressão, fatores essenciais para o próximo ano.

Academia DevScope: experiências positivas
Além do crescimento interno, a empresa também valoriza os talentos emergentes, dando origem à Academia DevScope, «da vontade de criar uma ponte real entre o mundo acadêmico e o mundo empresarial», revela a responsável, acrescentando que «a missão é clara: formar e integrar jovens talentosos que compartilhem os valores da organização.»

Liderada por David Mota, «que realiza um excelente trabalho com os estagiários», garante um «acompanhamento muito próximo e enriquecedor». Na seleção dos jovens, «com bases técnicas sólidas, mas, acima de tudo, com vontade de aprender e crescer», Stéphanie Dermagne explica que, além do potencial, características como curiosidade e atitude são altamente valoradas. A integração acontece por meio de projetos reais, mentoria ativa e objetivos claros desde o início. «Fazemos questão de que o estágio seja uma experiência positiva e de valor mútuo», afirma.

Leia o artigo na íntegra na edição de Agosto (nº. 176) da Human Resources.

Disponível nas bancas e online, na versão em papel e na versão digital.

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