Um novo estudo indica que a Geração Z não está entusiasmada com a ideia de trabalhar ao lado de colegas da mesma geração, seguindo uma tendência entre alguns profissionais que não se sentem confortáveis a trabalhar com essa faixa etária, segundo a Newsweek.
Uma pesquisa da Edubirdie com 2.000 membros da Geração Z revelou que 31% se consideram os mais difíceis para trabalhar. Em comparação, apenas 20% afirmaram que os Baby Boomers são os piores.
O estudo mostrou que 14% da Geração Z considera a Geração X a mais irritante, enquanto 12% têm a mesma opinião sobre os Millennials. Oitenta por cento mencionaram ter sido maltratados no ambiente de trabalho e 48% acreditam que serão superiores como chefes em relação aos seus colegas Millennials.
«É compreensível que a Geração Z prefira os Millennials como colegas», afirmou o consultor de RH Bryan Driscoll à Newsweek. «Os Millennials são colaborativos, mas têm uma visão realista. Cresceram durante a transição do analógico para o digital, o que lhes conferiu fluência em tecnologia, paciência e empatia. A Geração Z, por outro lado, cresceu sob constante comparação. Desde cedo, tiveram que construir sua marca pessoal, tornando o trabalho ao lado de outras pessoas igualmente ambiciosas mais competitivo do que cooperativo.»
«Isso reflete menos a ética de trabalho da Geração Z e mais o ambiente que herdarama. Eles entraram em um mercado de trabalho marcado por burnout, demissões e uma cultura que prioriza excessivamente os resultados. Buscam mentoria e estabilidade — características que associam aos Millennials e não a colegas que ainda estão se firmando profissionalmente.»
A Geração Z também fez várias críticas à própria geração, com 53% expressando aversão ao fato de que estão «cronicamente online». Trinta e sete por cento mencionaram como uma de suas maiores irritações o fato de a Geração Z fingir não se importar quando, na verdade, se importa, e 32% criticam a necessidade constante de se destacar. Enquanto isso, 42% expressam descontentamento com a dependência exagerada da Geração Z em relação à inteligência artificial, e 49% desaprovam o excesso de compartilhamento nas redes sociais por parte dos jovens.
No total, 40% da Geração Z acredita que está vivendo o pior momento da história da humanidade, e 41% está convencida de que estaríamos melhor desconectados.
Com a transformação do mercado de trabalho e a queda do tradicional horário das 9h às 18h, a Geração Z enfrenta um contexto profissional incerto, segundo Thompson. «Essa incerteza alimentou estereótipos que retratam a Geração Z como difícil ou desmotivada. Enquanto essas percepções persistirem, a Geração Z pode optar cada vez mais por caminhos empreendedores ou orientados para serviços que ofereçam flexibilidade e autonomia, redefinindo o que significa ‘trabalho’ para sua geração.»

