A Comissão Europeia expressou nesta quinta-feira a sua confiança de que a União Europeia (UE) continuará a desempenhar “um papel de liderança” nas metas climáticas, apesar das divisões internas sobre a trajetória de redução das emissões de gases poluentes até 2040.

“Estou verdadeiramente confiante de que esse papel de liderança que desempenhamos no passado continuará também este ano e mais além”, afirmou o comissário europeu do Clima, Wopke Hoekstra, na chegada à reunião dos ministros do Ambiente em Bruxelas.

A reunião ocorre em um momento em que os países da UE apresentam diferentes posicionamentos sobre a sua trajetória de redução das emissões de gases com efeito de estufa até 2040 e buscam um compromisso à medida que se aproxima a conferência das Nações Unidas (ONU) sobre o clima, em novembro, na cidade brasileira de Belém.

“Este tipo de processos [negociação de metas] nunca é uma linha reta completa do ponto A ao ponto B, mas, se olharmos de forma mais abrangente, veremos que continuamos a ser um dos mais ambiciosos a nível mundial”, observou Wopke Hoekstra.

O comissário europeu disse estar “otimista” sobre as discussões. “Estou, de fato, confiante de que, nas próximas semanas, conseguiremos resolver esta situação, nomeadamente a nível interno”, indicou.

Divididos quanto à sua direção climática para 2040, os Estados-membros tentam chegar a um acordo mínimo sobre uma mensagem comum a ser transmitida na próxima grande conferência da ONU sobre o clima.

Estão em discussão as Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs), os planos de ação climática de cada país elaborados sob o Acordo de Paris para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e se adaptar aos impactos das alterações climáticas.

A ideia é aprovar, na UE, uma faixa de redução das emissões nos próximos 10 anos (entre -66,3% e -72,5% em relação a 1990) e, depois, especificar a meta quando os 27 Estados-membros chegarem a um compromisso sobre sua trajetória para 2040.

Caso não haja consenso, os ministros do Ambiente — como a portuguesa, Maria da Graça Carvalho — sobre a redução das emissões de gases com efeito de estufa da União Europeia até 2035.

A discussão na União Europeia sobre as metas climáticas para 2040 centra-se em uma proposta da Comissão Europeia que prevê uma redução de 90% das emissões líquidas de gases com efeito de estufa (em comparação aos níveis de 1990) como etapa intermediária rumo à neutralidade climática em 2050.

Dinamarca e Espanha pressionam a favor, mas países como Hungria e República Checa são contra devido à defesa da sua indústria, enquanto a França se mostra cautelosa.

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