O Instituto Português de Oncologia (IPO) do Porto vai receber um Centro Nacional de Terapia com Protões, um projeto que representa um investimento superior a 80 milhões de euros, anunciou a ministra da Saúde, Ana Paula Martins.

Durante a conferência de imprensa que se seguiu ao Conselho de Ministros, a governante destacou: “consideramos muito importante um novo regime em que concretizámos o Centro Nacional de Protonoterapia no IPO do Porto” (via Porto Canal).

A ministra salientou ainda que “há poucos países na Europa” com este tipo de tecnologia, frisando que os tratamentos à base de protões apresentam “menos efeitos adversos” e “maior valor terapêutico” do que os métodos convencionais.

De acordo com Ana Paula Martins, “é um investimento que é superior a 80 milhões de euros, vai criar um centro de referência em Portugal que vai fazer duas coisas muito importantes. Por um lado, cria em Portugal investigação, formação e, a coisa mais importante, o tratamento dos nossos doentes oncológicos, sobretudo na área da pediatria.”

O novo centro nasce a partir de uma doação significativa da Fundação Amancio Ortega (FAO), que financia a aquisição dos equipamentos, e contará ainda com apoio da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N).

As infraestruturas do Centro Nacional de Protonoterapia (CNP), cuja conclusão está prevista entre três e quatro anos, serão financiadas quase integralmente por fundos comunitários do Programa Regional Norte 2030.

Ana Paula Martins sublinhou que o projeto permitirá que os doentes “tenham que atravessar fronteiras para ir a outros países fazer este tratamento”, uma vez que Portugal ainda não dispõe desta tecnologia.

A protonterapia é considerada uma das formas mais avançadas de radioterapia de precisão, por permitir tratar o cancro com menos danos colaterais nos tecidos saudáveis — fator particularmente relevante em crianças e jovens com longa esperança de vida.

O acordo de compromisso entre o Governo português, a FAO e o IPO do Porto, que deu origem ao projeto, foi assinado no ano passado, numa cerimónia com a presença do primeiro-ministro, Luís Montenegro.

Na altura, o IPO recordou que a Fundação Amancio Ortega tem tido um papel determinante no reforço da saúde pública em Espanha, com investimentos expressivos na modernização tecnológica e no apoio a hospitais públicos.

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