A VIVA! conversou com uma das responsáveis pelo Bufete Fase, um dos restaurantes mais emblemáticos da cidade Invicta, localizado na Rua de Santa Catarina. Durante a conversa, foi possível explorar a singularidade da sua Francesinha e a reação dos clientes, conhecendo melhor este espaço onde a boa comida é uma certeza.

Qual é a história do espaço?

O bufete foi fundado há 42 anos pelo meu pai, que ainda está à frente do negócio. Desde sempre, foi uma empresa familiar, com a participação dos meus pais. Com o tempo, comecei a ajudar e, atualmente, trabalho a tempo integral com meu pai. É, definitivamente, um negócio de família.

Como surgiu a escolha do nome?

O meu pai não tem uma explicação muito lógica para o nome. Na época, muitos estabelecimentos pequenos que serviam petiscos tinham denominações como “Bufete” ou “Lanchonete”. Como o nosso espaço era bem pequeno, com apenas quatro mesas, o meu pai decidiu chamar de Bufete Fase. Ele mesmo admite que não tem uma razão clara para o nome.

Obviamente, a Francesinha é o prato mais famoso. O que a torna diferente das demais?

Uma das razões é que é sempre preparada pelas mesmas pessoas, o que faz diferença. O meu pai é apaixonado pelo que faz, mesmo sem comer Francesinhas. Além disso, temos a sorte de contar com fornecedores fiáveis, que nos oferecem produtos frescos todos os dias, alguns deles com quem o meu pai trabalha há 40 anos! Essa constância certamente influencia a qualidade do nosso prato. Fazemos tudo com muito carinho: não sabemos fazer melhor.


Quais são as reações mais comuns dos clientes?

Geralmente, as reações são muito positivas. As pessoas apreciam o ambiente familiar e a continuidade do atendimento com os mesmos rostos. Para os clientes, isso é excelente. Alguns já não precisam pedir, pois eu sei o que gostam na Francesinha e o que preferem beber. Temos a sorte de contar com clientes que apreciam nosso trabalho, nosso serviço e nossos produtos.

Além da Francesinha, quais outros pratos são populares no seu menu?

Quando meu pai abriu o bufete, ele servia além da Francesinha, também Pregos em Pão e Cachorros. Esses pratos eram muito bem recebidos. Depois que nossa casa ganhou destaque em algumas reportagens, meu pai teve que definir qual produto seria nosso carro-chefe, e assim a Francesinha se destacou. Embora muitos não conheçam, ainda temos clientes antigos que frequentemente pedem os Pregos e Cachorros. Também já fizemos sandes de carne assada. Oferecemos outros itens, mas tudo feito com os mesmos ingredientes da Francesinha. Por exemplo, o Prego é feito com o mesmo bife da Francesinha. Contudo, não temos muitos pratos diferentes além disso.

O Bufete Fase é bem conhecido na cidade do Porto. A localização contribui para isso?

Estamos localizados em Santa Catarina, mas um pouco afastados do centro agitado. Alguns clientes nem percebem que esta parte ainda é considerada Rua de Santa Catarina. Tratamos nossos clientes de forma personalizada, chamando-os pelo nome, nunca nos referimos a eles como mesa 2, 3 ou 4. É verdade que temos muito trabalho a fazer. Meu pai nunca considerou mudar para um espaço maior; ele não vê isso como necessário. Estamos tendo sucesso e, como se costuma dizer, em time que ganha não se mexe. Não podemos tentar fazer muito com recursos limitados. Preferimos fazer bem o que sabemos fazer.


O turismo no Porto tem crescido. Vocês percebem esse impacto?

Sim, notamos. Recebemos turistas de várias partes do mundo, com um aumento significativo de visitantes asiáticos. Já tivemos a sorte de aparecer em uma televisão japonesa e sul-coreana, e muitos deles chegam sabendo da nossa fama. Também temos turistas mais próximos, como espanhóis, franceses e muitos brasileiros, que às vezes não consigo identificar se são residentes ou turistas, mas é interessante ver tantas nacionalidades passando por aqui.

Como é o choque cultural?

Quando os turistas chegam, já vêm com uma ideia clara do que desejam. Muitas vezes não perguntam o que temos, apenas dizem que desejam uma Francesinha ou mostram uma foto do prato. Muitos gostam da versão picante, e nós ajustamos o molho conforme desejado. Fico feliz em ver que eles ficam satisfeitos, mesmo que a Francesinha seja um prato pesado para eles. Para muitos, a combinação com batatas fritas é nova, mas a recepção é sempre muito positiva. É divertido vê-los comendo a Francesinha, mesmo usando garfos de maneira inusitada, mas eles se adaptam rapidamente!

Qual é a capacidade atual do restaurante?

Atualmente, temos cerca de 12 mesas, que acomodam entre 4 e 6 pessoas. A capacidade média é de cerca de 30 pessoas, dependendo das mesas configuradas.

Há algum plano para o futuro?

A casa já está estabelecida há mais de 40 anos e o boca a boca continua sendo uma forma importante de divulgação. Sem dúvida, é gratificante quando temos destaque na comunicação social. No entanto, mantemos os pés no chão e nos concentramos em oferecer o melhor serviço possível. Quando um cliente sai agradecendo, isso significa muito para nós.

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