A discrepância salarial entre os CEOs e os trabalhadores nas empresas com os salários mais baixos do S&P 500 aumentou quase 13% entre 2019 e 2024, conforme revela uma análise divulgada na semana passada, mostrando que a remuneração dos CEOs cresceu mais do que o dobro da do trabalhador médio, de acordo com a Forbes.

O Institute for Policy Studies publicou seu relatório “Executive Excess” de 2025, examinando as tendências de remuneração nas 100 empresas do S&P 500 com a mediana salarial mais baixa, um grupo conhecido como “Low-Wage 100”.

O rácio médio nas empresas do Low-Wage 100 subiu 12,9% durante o período de análise, passando de 560 para 1 em 2019 para 632 para 1 em 2024.

A Starbucks, rede global de cafeterias, apresentou a maior diferença salarial de todo o S&P 500, com um rácio de 6.666 para 1 no ano passado — Brian Niccol recebeu 95,8 milhões de dólares, enquanto o trabalhador médio ganhava 14.674 dólares, o oitavo salário mediano mais baixo entre todas as empresas do S&P 500, segundo o relatório.

Na Starbucks, onde os funcionários de mais de 500 lojas aprovaram a sindicalização, o salário mediano cresceu 4,2% de 2019 a 2024, segundo o relatório.

A remuneração média dos CEOs nas 100 empresas aumentou 34,7% entre 2019 e 2024 (para 17,2 milhões de dólares), mais do que o dobro do incremento de 16,3% no salário médio dos trabalhadores, que subiu para 35.570 dólares.

O salário médio dos trabalhadores diminuiu em 22 empresas do Low-Wage 100 entre 2019 e 2024, sendo a maior queda registrada na Ulta Beauty, que viu o salário médio dos trabalhadores despencar 46%, para 11.078 dólares, à medida que a empresa aumentou sua dependência de trabalhadores a tempo parcial.

O relatório também observou que as desigualdades salariais entre CEOs e trabalhadores acentuam as disparidades de gênero e de etnia, uma vez que as mulheres e as pessoas de cor representam uma parte desproporcionalmente grande dos trabalhadores com baixos salários e uma pequena fração dos líderes empresariais — o Low-Wage 100 conta apenas com oito CEOs mulheres (Accenture, Best Buy, Fidelity National Information Services, Hershey, Ralph Lauren, Ross Stores, Tapestry e Williams Sonoma) e uma CEO negra (Lowe’s).

Curiosamente, segundo o Institute for Policy Studies, 32 multimilionários devem sua riqueza diretamente às empresas do Low-Wage 100, como Walmart, Estee Lauder, DoorDash, Public Storage e Tyson Foods. A família Walton, fundadora da Walmart, por exemplo, possui quatro multimilionários entre as 40 pessoas mais ricas do mundo.

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