O M-ODU-Matadouro Open District Unit abrirá suas portas no verão de 2026, no antigo Matadouro Industrial de Campanhã, no Porto. Este projeto, que representa um investimento de 40 milhões de euros, compreende nove edifícios de escritórios e 8.000 metros quadrados dedicados a galerias e equipamentos públicos, em uma área total de 20.000 metros quadrados.
Segundo a Emerge, empresa responsável pelo desenvolvimento urbano e gestão do complexo, as obras estruturais deverão ser concluídas ainda este ano, com todos os espaços entregues em dezembro sob o regime de core & shell, ou seja, com fachadas, estruturas e infraestruturas prontas, permitindo que os primeiros inquilinos realizem os acabamentos.
Conforme reportado pelo Porto Canal, a expectativa é que mais de 700 trabalhadores estejam no local a partir do terceiro trimestre de 2026, juntamente com a inauguração de serviços de restauração, uma cafeteria, quiosque, áreas de bem-estar e espaços culturais. A maioria dos ocupantes será formada por empresas ligadas ao grupo Mota-Engil.
Projetado pelo atelier japonês Kengo Kuma & Associates em colaboração com o escritório português OODA, o M-ODU integra funções empresariais, culturais e comunitárias, estabelecendo-se como um espaço aberto à cidade. Entre as principais instalações previstas, destacam-se uma área de restauração de 600 metros quadrados, uma cafeteria e um quiosque, além de áreas de bem-estar com estúdios e espaços de tratamento.
A obra, que conta com uma concessão de 30 anos, entrou em uma fase crucial no início deste outono com a instalação da cobertura, que se tornou uma marca arquitetônica do projeto. Inspirada no conceito japonês komorebi (“a luz que passa suavemente entre as folhas das árvores”), a estrutura leve parece flutuar sobre os edifícios, criando um efeito de luminosidade difusa.
De acordo com Sílvia Mota, presidente da Emerge, citada pelo Porto Canal, essa fase representa “um momento significativo para a zona oriental do Porto”. “A instalação da cobertura simboliza o espírito ousado e a visão da Emerge para este local – uma fusão entre inovação, cultura e comunidade que projeta o M-ODU como uma referência para a regeneração urbana do Porto”, afirma.
