Por Margarida Pedrosa, fundadora da MBA Consultores, especialista em Estratégia de Recursos Humanos; coautora do livro Líder Coach (PACTOR).

Num ambiente organizacional em constante transformação, as empresas que se destacam não são apenas as mais tecnológicas ou eficazes, mas aquelas que aprendem mais rapidamente. São organizações que evoluem, ouvem, cometem erros e tentam novamente. No centro desse processo, estão líderes que entendem o coaching não como uma técnica, mas como uma postura: uma cultura de desenvolvimento contínuo, alicerçada na confiança, na formulação de perguntas, na escuta ativa e na responsabilidade compartilhada.

Fomentar uma cultura de coaching é transformar a maneira como as equipes pensam, sentem, colaboram e se desenvolvem. É trocar o modelo de “manda e controla” por um de “escuta e desenvolve”, que, embora ainda se baseie em hierarquia e autoridade, é exercido de forma colaborativa e com entendimento mútuo. Trata-se de ajudar as pessoas a encontrarem suas próprias respostas, conquistarem autonomia e assumirem a responsabilidade pelo seu desenvolvimento. Com isso, a organização se torna menos dependente de ordens e mais orientada pelo compromisso.

Historicamente, o coaching era visto como uma ferramenta de desenvolvimento individual. Hoje, ele se transformou em um motor coletivo de aprendizado organizacional. As empresas que o incorporam em sua essência não aplicam apenas nos líderes seniores, mas também em equipes de projeto e lideranças intermediárias que desejam evoluir juntas, por meio de diálogos construtivos, perguntas significativas e feedback assertivo.

O coaching, quando adotado como cultura, vai além do desempenho. Torna-se uma questão de aprendizado, propósito e coragem para crescer no contexto do negócio. O líder coach é o agente dessa transformação. Ele não é o especialista que possui todas as respostas, mas sim o facilitador que sabe fazer as perguntas adequadas no momento oportuno. Fomenta a reflexão, estimula a curiosidade e cria um ambiente seguro para que outros possam arriscar e inovar. É um líder que pauta sua atuação na crença de que as pessoas se desenvolvem não quando são rigidamente controladas, mas quando se sentem inspiradas.

Em um mundo onde o conhecimento se torna obsoleto rapidamente, esse modelo de liderança é o combustível que sustenta a capacidade de aprender, desaprender e reaprender. Em um cenário onde produtividade e bem-estar costumam estar em conflito, o coaching se apresenta como a ponte que reconcilia esses dois aspectos.

Uma cultura de coaching forma equipes mais autônomas, coesas e emocionalmente inteligentes. Ela promove relações baseadas na confiança, diminui o medo de errar e aumenta a motivação intrínseca. Acima de tudo, preserva a humanidade da organização, o sentimento de pertencimento, o reconhecimento e o propósito comum.

Mais do que uma ferramenta, é uma atitude. A aplicação sistemática, pelos líderes, de determinadas ferramentas de coaching gera uma mentalidade que possibilita uma verdadeira mudança cultural na organização.

Em resumo, o coaching não é uma técnica a ser aplicada apenas em situações de crise. É uma filosofia de liderança e de trabalho. Quando se integra ao dia a dia, nas reuniões, nas conversas de feedback e nos processos decisórios, a empresa se transforma em um verdadeiro ecossistema de crescimento sustentável.

Esta jornada evolutiva das organizações é aprofundada no livro “Líder Coach – Transforme a Liderança na sua Organização com Ferramentas que Funcionam”, da Pactor Editora, cuja leitura convida líderes e equipes a reconsiderarem a forma como aprendem, comunicam e se desenvolvem juntos. Afinal, a verdadeira vantagem competitiva não reside apenas na tecnologia, mas, principalmente, na maneira como lideramos as pessoas.

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