O Teatro da Palmilha Dentada recebe, esta sexta-feira, 24 de outubro, às 19h00, o espetáculo “A dor que consumo”, uma criação coletiva que nasce da experiência de mulheres que frequentam a Sala de Consumo Assistido do Porto.
De acordo com a Ágora, a peça parte da ideia de que o teatro pode ser um espaço de libertação, expressão e empoderamento, dando voz a histórias habitualmente silenciadas.
Selecionada no âmbito de uma open call do programa municipal Cultura em Expansão, a obra inspira-se em “A Casa de Bernarda Alba” e “Yerma”, de Federico García Lorca, para refletir sobre o sofrimento, a opressão e a resistência femininas.
A ação desenrola-se durante um jantar familiar, num ambiente aparentemente íntimo, onde se revelam as dores e tensões de quem vive à margem.
Com dramaturgia de Alice Guerreiro e a participação do grupo Mulheres em Cena, composto por atrizes utilizadoras do Programa de Consumo Vigiado do Porto, “A dor que consumo” foi construída em processo colaborativo. A entrada é gratuita, mediante levantamento de bilhete no local, uma hora antes do início do espetáculo.
Além desta apresentação, o Cultura em Expansão promove, ao longo da semana, duas outras atividades. Na quinta-feira, 23 de outubro, às 18h00, a Galeria Alberg’ART acolhe uma partilha do projeto “Mapa Habitare”, que, através da fotografia, propõe uma reflexão sobre o modo como habitamos a cidade.
O trabalho tem direção artística de Paula Preto e Sofia Mexia e conta com a cocriação dos residentes dos Albergues do Porto. A entrada é livre.
Já no sábado, 25 de outubro, às 15h00, o UPTEC da Baixa recebe uma conversa pública sobre o projeto “CEP – Corpografias Escreviventes Pretuguesas”, que se dedica a investigar a presença e a ausência da negritude no Porto, propondo uma reescrita simbólica dos corpos e territórios negros no espaço urbano.
Toda a programação do Cultura em Expansão está disponível aqui.
