O presidente da Câmara do Porto tem um encontro agendado com a ministra da Administração Interna para esta terça-feira, dia 18 de novembro, onde pretende discutir diretamente a questão da insegurança na cidade.
Pedro Duarte defende a necessidade de aumentar o policiamento com mais 100 agentes, considerando esta medida crucial para “melhorar a realidade e a perceção de insegurança na cidade”.
O autarca rejeitou a ideia de que “o Município do Porto deve olhar para cima ao dialogar com o poder central”, enfatizando que ambos compartilham a mesma meta. Ele explicou que o objetivo dos 100 novos agentes deve ser alcançado “através de um modelo de recrutamento específico para a Polícia Municipal do Porto”.
Quando questionado sobre a criação de uma nova Escola de Polícia, Pedro Duarte mostrou-se “totalmente aberto a disponibilizar a cidade do Porto ou a própria região”, embora acredite que a formação de uma escola não solucionará o problema.
Para ele, o verdadeiro obstáculo surge após a formação dos quadros: “o nosso problema não está na Escola de Polícia. O problema surge quando os quadros se formam e são enviados para Lisboa, onde permanecem por anos”. Por isso, reforçou, “isso não pode continuar a acontecer”.
Além do aumento do número de agentes, Pedro Duarte enfatizou que o combate à perceção de insegurança deve incluir “o reforço da videovigilância, a presença visível de efetivos, melhor iluminação pública, a criação de equipas específicas para monitorizar certas áreas, e a implementação de unidades móveis em zonas críticas”.
Na sua primeira presidência do Conselho Municipal de Segurança, o autarca esclareceu que foi concluído um “diagnóstico da situação para começarmos a apontar caminhos”, alinhando-se com uma das prioridades do Executivo: “a segurança e o combate a um sentimento de insegurança existente na cidade que desejamos erradicar”.
Segundo informou, está previsto um “estudo aprofundado” a ser desenvolvido pela Universidade do Porto para avaliar a segurança no município, resultando em um “observatório permanente para monitorar a situação”.
Pedro Duarte alertou que “atualmente, muita da pequena criminalidade não é comunicada oficialmente”, o que dificulta a obtenção de dados concretos. Em sua opinião, “há dificuldade em termos de dados mais objetivos sobre o número de crimes, suas características, as localizações e o contexto em que ocorrem”.
Embora o estudo ainda não tenha começado, o presidente garante que as medidas não vão esperar pelos resultados acadêmicos. O Município já está “trabalhando no plano de reforço da segurança na cidade em colaboração com as instituições e autoridades locais, com a Câmara Municipal profundamente envolvida não apenas na segurança, mas também na coesão social”.
