As estruturas de apoio à construção da nova travessia entre Porto e Vila Nova de Gaia, integrada na futura Linha Rubi do metro, já começaram a erguer-se nas margens do Douro. São dois pilares provisórios, um na zona do Ouro/Bicalho, no Porto, e outro entre o Cais do Lugan e a Rua do Cavaco, em Gaia, que vão atingir, em conjunto com as torres de atirantamento, uma altura impressionante de cerca de 120 metros.
Estes elementos temporários servirão de suporte ao tabuleiro da ponte D. Antónia Ferreira, conhecida como “a Ferreirinha”, que será exclusivamente dedicada ao metro, peões e bicicletas. Segundo a Metro do Porto em declarações ao JN, as estruturas vão permanecer visíveis durante aproximadamente 18 meses, altura após a qual serão totalmente removidas, devolvendo ao cenário ribeirinho a “silhueta leve e fina” anunciada para a nova travessia.
Dois gigantes de betão e metal
Cada pilar provisório está a ser construído em betão armado, diretamente em frente aos pilares definitivos. O do lado do Porto terá 63,70 metros de altura e o de Gaia 67,68 metros. A estes somar-se-ão as torres metálicas provisórias de atirantamento, estruturas verticais com cerca de 49 metros que serão colocadas sobre o tabuleiro e ancoradas através de rótulas cilíndricas, com rotação livre no eixo transversal da ponte. Todo este conjunto estrutural ascenderá, assim, a cerca de 120 metros acima do leito do rio.
As torres provisórias vão permitir suportar o avanço da construção do arco e do tabuleiro, que já decorre nas duas margens.
Um arco de 800 metros até 2027
A nova ponte, a sétima a ligar Porto e Gaia, terá uma extensão total de 800 metros. A conclusão da travessia está prevista para 2027. No entanto, o serviço da Linha Rubi deverá arrancar no final de 2026, ainda antes da ligação completa entre margens. Nessa fase inicial, o metro circulará entre a Casa da Música e o Campo Alegre, no Porto, e entre a Arrábida e Santo Ovídio, em Gaia.
Linha Rubi: novas estações e veículos
Com 6,4 quilómetros de extensão, a Linha Rubi ligará a Casa da Música a Santo Ovídio, passando pelas estações de Campo Alegre, Arrábida, Candal, Rotunda, Devesas e Soares dos Reis. Em Santo Ovídio e na Casa da Música estão também a ser construídas novas estações de ligação às linhas já existentes.
A frota da Metro do Porto será reforçada com novos veículos no segundo semestre de 2026. Cada composição terá capacidade para transportar 244 passageiros, dos quais 64 sentados, e incluirá sistemas de deteção de obstáculos e anticolisão.
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