O Tribunal de Aveiro começou, nesta quinta-feira, a julgar à porta fechada um homem de 35 anos, suspeito de ter raptado e violado a cunhada em Ovar.
O julgamento ocorre com exclusão de publicidade, ou seja, sem a presença de público e da comunicação social, pois envolve um crime contra a liberdade e autodeterminação sexual.
O arguido está acusado de um crime de rapto e dois de violação agravados. O incidente aconteceu na madrugada de 9 de outubro de 2023.
A acusação do Ministério Público (MP) indica que o arguido se escondeu perto da residência da ofendida e esperou que ela saísse de casa para ir trabalhar, durante a madrugada, para a forçar a ter relações sexuais.
De acordo com o MP, por volta das 05h30, quando a vítima entrou no veículo, o arguido entrou na parte traseira com uma máscara de carnaval e, sob ameaça de uma faca, obrigou a cunhada a ir para o banco traseiro, colocando-lhe uma venda nos olhos e atando-lhe as mãos atrás das costas.
O arguido então assumiu o volante, conduzindo o veículo durante alguns minutos até um local não concretamente apurado, onde parou e exigiu 30 mil euros à vítima, que respondeu que não tinha o dinheiro, sendo forçada a praticar atos de natureza sexual.
Os investigadores afirmam que, em seguida, o arguido voltou a colocar a vítima no porta-malas do veículo, conduzindo-o por mais alguns minutos até imobilizar novamente o carro numa área florestal, onde violou a ofendida e depois a libertou.
Segundo a acusação, o arguido saiu do local no veículo da cunhada, que posteriormente abandonou numa rua em Ovar. Alguns minutos depois, quando a ofendida conseguiu sair do local onde tinha sido deixada, o arguido apareceu em seu próprio veículo, como se nada tivesse acontecido, e ofereceu-lhe carona até sua residência.
