Após quase quatro anos de flexibilidade total, o Google encerrou a política de ‘Work from anywhere’ (“trabalhar a partir de qualquer lugar”), representando uma mudança na cultura de trabalho que ganhou força durante a pandemia.
De acordo com o site espanhol Empreendedor, a empresa determinou que os funcionários devem comparecer ao escritório pelo menos três dias na semana e que novos acordos de trabalho remoto permanente não serão aceitos, exceto em situações excepcionais.
Durante a pandemia de COVID-19, o Google foi pioneiro ao permitir que seus colaboradores trabalhassem de qualquer lugar do mundo, sem restrições geográficas. A política ‘Work from anywhere’ tornou-se um símbolo de uma nova cultura corporativa, centrada na autonomia e na confiança. Entretanto, a empresa agora optou por reverter essa flexibilidade e priorizar o trabalho presencial parcial, argumentando que a interação face a face fortalece a inovação e a coesão da equipe.
O vice-presidente de recursos humanos do Google, Chris Rackow, informou aos colaboradores que as solicitações para trabalhar fora do país ou estado serão limitadas e analisadas individualmente. Os empregados com contratos anteriores poderão mantê-los temporariamente, porém, novas contratações serão realizadas sob um acordo de trabalho híbrido.
O CEO da Alphabet, Sundar Pichai, enfatiza que a presença física continua sendo fundamental para o desenvolvimento profissional e a geração de ideias.
Essa decisão é parte de uma tendência mais ampla. Empresas como Amazon, Meta e Apple têm adotado medidas semelhantes, argumentando que o trabalho remoto prolongado prejudica a cultura colaborativa, a criatividade e o desenvolvimento de talentos jovens.
