A partir do próximo ano, uma grande parte dos líderes globais (77%) planeja gerar receitas com novas soluções de Inteligência Artificial (IA), embora 57% reconheçam que as expectativas estão crescendo mais rapidamente do que a capacidade de realizá-las. Contudo, 55% dos entrevistados admitem que não conseguirão atingir os objetivos sem talento qualificado para entender problemas, desenhar soluções e levá-las ao mercado.
Esta é uma das conclusões do estudo “Intelligent Delusion”, realizado pela consultoria Emergn, que alerta os líderes empresariais que estão apostando na IA como motor de crescimento de receitas.
Ainda que haja riscos, o otimismo permanece: 81% das organizações relataram um retorno positivo sobre o investimento em iniciativas de IA no último ano, reforçando a confiança de que, nos próximos 12 meses, esses projetos gerarão ganhos financeiros. No entanto, a Emergn ressalta que a preparação organizacional e o investimento nas competências humanas são fatores críticos para que a promessa da IA se realize.
O estudo também revela que a gestão de produtos está ganhando importância estratégica nas empresas. Em 2025, 87% dos líderes aumentaram o investimento nessa área, comparado a 26% no ano anterior. Mais de 65% afirmam que isso será fundamental para sua estratégia no próximo ano.
A relevância da gestão de produtos também está transformando as estruturas de liderança, com 43% das organizações nomeando um Chief Product Officer (CPO) no último ano, em comparação a 31% no período anterior. Este papel assegura que as estratégias de produto sejam sustentáveis, adaptáveis e integradas com tecnologias emergentes como a IA, conectando equipes de tecnologia, marketing, vendas e operações em uma narrativa de valor única.
O inquérito abrangeu 751 executivos, incluindo CEOs, CTOs, COOs e outros líderes de transformação operacional, todos com mais de cinco anos de experiência na função e provenientes de empresas com mais de 1000 colaboradores e receitas anuais superiores a 500 milhões de dólares.
