A Proofpoint, representada em Portugal pela Exclusive Networks, lançou o seu quinto relatório anual “Voice of the CISO”, que analisa os principais desafios, expectativas e prioridades dos Chief Information Security Officers (CISOs) globalmente, destacando um aumento da pressão e da ansiedade entre os líderes de segurança, indicando um maior risco de burnout.
O estudo revela que 66% dos CISOs consideram as pessoas como o maior risco para suas organizações, mesmo que 68% acreditem que os colaboradores conhecem boas práticas de cibersegurança, e que 92% das perdas de dados envolveram colaboradores em processo de saída.
Um terço dos entrevistados admite que os dados continuam a ser insuficientemente protegidos, mesmo com a implementação de ferramentas DLP, e 63% dos CISOs relataram ter sofrido ou testemunhado burnout no último ano.
O alinhamento entre CISOs e conselhos caiu de 84% em 2024 para 64% em 2025. No entanto, a percepção do ciber-risco como fator estratégico aumentou, com o impacto no valor de mercado sendo a principal preocupação dos conselhos após um ataque.
O relatório aponta que 76% dos CISOs acreditam que suas organizações poderão ser alvo de um ciberataque material nos próximos 12 meses, porém 58% admitem não estar preparados para responder a tais incidentes. Dois terços relataram perdas materiais de dados no último ano, sendo que as ameaças internas foram a principal causa. Quase todos (92%) atribuíram parte das fugas de dados a colaboradores que deixaram a organização.
A pressão é tão intensa que 66% dos CISOs considerariam pagar um resgate para evitar vazamentos de dados ou restaurar sistemas.
O estudo também revela que 64% dos CISOs consideram a adoção de ferramentas GenAI como estratégica para os próximos dois anos, embora 80% dos líderes nos Estados Unidos temam a perda de dados de clientes através de plataformas públicas de GenAI. Globalmente, 67% já estabeleceram regras de utilização e 68% estão explorando defesas potencializadas por IA, embora o entusiasmo tenha diminuído em relação a 2024.
O estudo é baseado em uma pesquisa realizada com 1600 CISOs em 16 países este ano.