Bola na Rede: Olá, Tiago Teixeira! Um prazer estar aqui a conversar contigo sobre a tua carreira.
Tiago Teixeira: Olá! Estou muito feliz por estar aqui.
Bola na Rede: O Tiago Teixeira já desempenhou várias funções no mundo do futebol. Como decidiu seguir por este caminho?
Tiago Teixeira: O futebol sempre fez parte da minha vida desde pequeno. A minha família tem uma grande paixão pelo desporto e uma ligação ao Vitória FC, onde sempre fomos adeptos e sócios. Muitas vezes brincávamos no Bonfim, pois o meu avô fez parte de diversas direções do clube. Assim, foi ali que começou o meu amor pelo futebol. A minha formação também esteve ligada ao desporto. Desde cedo, sempre gostei de ensinar e compartilhar conhecimento. Foi assim que iniciei a minha carreira como treinador e consegui dar continuidade a esse caminho.
Bola na Rede: Mais à frente falaremos do Vitória FC, mas gostaria de abordar o Barcelona, uma vez que você foi scout na Catalunha. Como surgiu esse convite?
Tiago Teixeira: No meu primeiro ano estava no Comércio e Indústria, um clube histórico de Setúbal. Mantive alguns contactos e fiz muitos relatórios de observação de jogos, adversários e jogadores. Acabei por ter a oportunidade de fazer uma entrevista com o Barcelona, graças ao meu empresário que recomendou o meu nome. Fui contactado pelo clube e marcaram-me uma viagem para a tal entrevista. Encontrei-me na altura com Andoni Zubizarreta, que era o diretor desportivo na época. Albert Valentín também estava presente, pois era responsável pelo futebol do Barcelona. Fiquei quase três épocas como scout, responsável por todos os jogadores em Portugal e, na última temporada, apenas pela zona Sul. Foi uma experiência fantástica trabalhar para um clube da grandeza do Barcelona, identificar jogadores e redigir relatórios para possíveis contratações. Infelizmente, naquela altura não se concretizou nenhuma, mas foi uma fase crucial para a minha evolução como treinador. Acabei por aprender muito como analista e scout, o que me proporcionou um vasto conhecimento em diversas áreas.
«Na altura, recomendei o Bernardo Silva e o João Cancelo quando ainda estavam na equipa B do Benfica. Essas gerações tinham jogadores muito bons».
Bola na Rede: Imagino que as condições no Barcelona fossem de topo…
Tiago Teixeira: Sem dúvida. Estar presente na academia, na La Masia, é uma experiência única. É um mundo à parte e uma cultura diferente. Só quem lá está e vive isso é que pode realmente descrevê-lo. O clube é fantástico, tem tudo o que é necessário, mas espera excelência. Não é qualquer jogador que consegue ingressar no Barcelona. Nós tínhamos a preocupação de selecionar os melhores de acordo com o perfil de cada posição.
Bola na Rede: Consegue revelar alguns dos nomes que recomendou de Portugal na altura?
Tiago Teixeira: Recomendei o Bernardo Silva e o João Cancelo, quando ainda estavam na equipa B do Benfica. Essas gerações tinham jogadores excepcionais. Infelizmente, outros clubes conseguiram aproveitá-los e o Barcelona não os contratou.
Bola na Rede: Dois anos depois, na temporada 2014/15, decidiu voltar a Portugal e integrar a equipa técnica do Atlético. O que motivou essa decisão?
Tiago Teixeira: Naquela altura eu trabalhava em Portugal, não estava fixo em Espanha. Partilhava o scouting com treinos. Recebi o convite do mister Rui Nascimento, a quem sou muito grato por me dar a oportunidade de começar numa liga profissional como treinador adjunto. Embora já tivesse estado no Vitória FC como analista da equipa principal, não tinha experiência como adjunto em liga principal. Foi uma ótima oportunidade. Iniciamos a época no Atlético, mas terminámos no Marítimo B. Assim começou o meu percurso profissional.
Bola na Rede: Em 2015, teve a sua segunda experiência como treinador principal no Oriental Dragon, onde se cruzou com António Carraça, um conhecido comentador. O que achou dessa experiência de regressar a ser principal?
Tiago Teixeira: É verdade. Comecei a época como adjunto do Pinhalnovense, com o mister José Vasques. Quando ele saiu, entrou o mister Paulo Mendes. Após sua saída, surgiu o convite. O Oriental Dragon era praticamente uma equipa B do Pinhalnovense. Estava com o mister Paulo Mendes e vi aquela oportunidade como uma forma de abraçar um novo desafio. Foi uma excelente chance.
«Não foi fácil de gerir, mas o Belenenses é um grande clube, um histórico do futebol português, e não merece passar por estas situações».
Bola na Rede: Em 2016, teve a sua primeira experiência como adjunto na Arábia Saudita. O que pode dizer sobre o nível da competição na altura?
Tiago Teixeira: Fui convidado pelo mister Nélson para trabalhar na equipa B do Al Taawoun. Tive a oportunidade de trabalhar com José Gomes na equipa principal. Naquela época, o futebol saudita não se comparava ao que é hoje. O nível dos jogadores era bem inferior, e a mentalidade e infraestruturas ainda estavam a evoluir. A aposta no futebol era muito menor. Foi uma experiência única, num país relativamente fechado. Estive em Buraida, uma cidade conservadora, e foi um choque estar tão longe da realidade europeia. Contudo, criei ótimas relações com jogadores e diretores, que considero um dos melhores legados dessa experiência.
Bola na Rede: Naquela altura estava como treinador principal e voltou a ser adjunto. Não pensou que isso poderia ser um retrocesso na sua carreira?
Tiago Teixeira: Não. O Oriental Dragon estava na Segunda Divisão da AF Setúbal e a questão financeira também pesou. A Arábia tinha já uma diferença considerável em termos financeiros, o que acabou por motivar a minha decisão.
Bola na Rede: Em 2017/18 integrou o Belenenses e viveu o conflito entre Belenenses e B SAD. O ambiente era negativo no clube?
Tiago Teixeira: É verdade, vivi a situação dos dois lados (risos). Entrámos no início do ano, não me recordo se foi em janeiro ou fevereiro. Entrámos como Belenenses e talvez possa dizer que fui o último treinador do Belenenses na Primeira Liga (risos). Naquele início, jogávamos no Estádio do Restelo e não sentimos uma diferença significativa. É verdade que havia um conflito, mas não afetou nosso rendimento. Sempre sentimos um apoio forte dos adeptos e fizemos um final de época fantástico. Quando surgiu a necessidade de mudar o nome e emblema do clube, foi antes de um jogo contra o Benfica. Não foi simples de gerir, mas o Belenenses é um grande clube que não merece ter passado por isso. São instituições históricas que deveriam estar na Primeira Liga, com adeptos fantásticos. A experiência ao lado do mister Silas foi ótima e sou muito grato a ele.
Bola na Rede: Na época 2019/20, teve a oportunidade de realizar um dos seus maiores sonhos ao voltar ao Vitória FC, primeiro como coordenador de scouting e depois como diretor desportivo. Considera que o Vitória FC é fundamental para o futebol português?
Tiago Teixeira: Regressei ao Vitória FC após a experiência nos Emirados. Após a pandemia, o campeonato parou em março e, após um mês à espera de voos, consegui voltar. Nessa altura, recebi o convite do presidente Paulo Gomes para reestruturar o clube, que ainda estava na Primeira Liga. O objetivo era formar um gabinete de scouting que fosse transversal a todas as equipas. O que aconteceu depois todos sabemos: o clube desceu para o Campeonato de Portugal e a direção caiu. Fomos poucos que ficámos para segurar o clube. Aqueles que lá estivemos sabemos quão difícil foi. Houve um trabalho árduo de todos os envolvidos para salvar o clube. Felizmente conseguimos retornar à Liga 3, mas foram dois anos exigentes, os mais difíceis da minha carreira. Praticamente fui tratado como presidente para resolver diversas situações. Após esse período, surgiu um investidor que regularizou quase todas as dívidas e ajudou-nos a devolver dignidade ao clube. O Vitória FC realmente não merece passar pelas situações que enfrentou.
Bola na Rede: Tiago Teixeira, você cresceu no Bonfim. Como adepto, qual é a sua visão sobre a situação atual do Vitória FC?
Tiago Teixeira: Todos os vitorianos estamos tristes ao ver o clube nesta situação. Houve uma nova direção que já conseguiu subir para a Primeira Distrital. Espero que consigam manter o equilíbrio financeiro e que, aos poucos, consigam reestruturar o clube. Não é necessário uma ascensão rápida. O clube deve se organizar e reestruturar gradualmente. O trabalho na última temporada foi bom e nesta parece que estão a seguir na mesma linha. Sou sócio desde que nasci, e é difícil vê-lo assim, mas espero que seja o início de uma recuperação.
«Foram dois anos bastante exigentes no Vitória FC. Foram os dois anos mais duros para mim a nível profissional, sem dúvida. Passámos por muito. Nesse caso eu era diretor desportivo, mas tive quase que ser presidente».
Bola na Rede: Esperamos que sim. Na temporada 2022/23, você deixou o escritório e voltou ao campo, indo para o Sporting, inicialmente para os Sub-23 como adjunto. Como surgiu este convite?
Tiago Teixeira: Naquele momento, ainda tinha mais um ano de contrato com o Vitória FC. Já tinha recebido algumas propostas para voltar a treinar, mas o João Pereira me convidou para fazer parte da equipa técnica e aceitei com prazer. Um clube como o Sporting oferece uma grande dimensão. O projeto de carreira era, sem dúvida, uma excelente oportunidade e foi a melhor escolha que pude fazer naquele momento.
Bola na Rede: Antes de entrarmos na sua experiência no Sporting, como avalia a importância da Liga Revelação no futebol português?
Tiago Teixeira: A Liga Revelação é importante se estiver bem estruturada e se os clubes conseguirem fazer a ligação com o futebol profissional. Há clubes que utilizam a Liga apenas para encaixe, sem preparar jogadores para a equipa principal. Os clubes devem perceber que a Liga de Sub-23 é uma ponte para o futebol profissional. Muitos jogadores vêm de campeonatos Sub-19 ou até Sub-17, e não estão preparados para a equipa principal. A Liga Revelação deve ser um passo intermédio, ajudando os atletas a se adaptarem a um nível mais elevado. Existem muitos que conseguem fazer a transição para as ligas principais após jogarem nos Sub-23.
Bola na Rede: Muitos clubes não têm uma equipa B e precisam recorrer aos Sub-23…
Tiago Teixeira: Exato, por isso é um grande salto. O ideal seria ter essa equipe intermédia que facilite a transição. Jogadores da equipa principal podem também jogar na Liga 3 para manter ritmo e ajudar os mais jovens. Isso contribui para a evolução de todos.
Bola na Rede: Quais foram as principais diferenças entre trabalhar nos Sub-23 e na equipa B?
Tiago Teixeira: A competitividade se destaca. No Sporting, as idades são muito próximas, a diferença é de um ano, no máximo. Na equipa B, frequentemente há jogadores mais jovens do que nos Sub-23. Em termos de experiência, a Liga 3 oferece um desafio maior comparado à Liga Revelação.
Bola na Rede: Como lidou com a promoção de jogadores para a equipa A? Embora seja uma felicidade ver seus meninos estrearem, isso significa perder peças fundamentais sem poder atuar.
Tiago Teixeira: Sim, é um motivo de orgulho. É gratificante ver os nossos jogadores estrearem na equipa principal. Para quem trabalha na B e nos Sub-23, o principal objetivo é formar atletas para um nível superior. Celebramos cada convocação e tentamos marcar presença nos jogos. Isso é um orgulho para nós e para os jogadores, que também ficam felizes com nossa presença.
Bola na Rede: Em 2024, você foi chamado para a equipa principal junto com o restante da equipa técnica da B. Sentiu que estavam prontos para esse salto?
Tiago Teixeira: Sentimos que estávamos preparados. No entanto, os resultados ficaram abaixo do esperado. A análise do jogo, a visão que tínhamos, indicava que estávamos no caminho certo. Às vezes, um resultado desfavorável leva a mudanças, sabemos que a pressão existe e que os treinadores estão sempre sob risco. Na época, os jogadores estavam focados, mas, como sabemos, a sorte às vezes joga um papel fundamental.
«Acredito que podíamos ter sido campeões pelo Sporting. Sabemos que o futebol muda de um dia para o outro. Às vezes basta um resultado para as coisas mudarem».
Bola na Rede: O Sporting acabou por ser campeão sob a liderança de Rui Borges. Acha que a equipa técnica que liderou João Pereira não recebeu a devida valorização? Parece que estão em segundo plano em relação a Ruben Amorim e Rui Borges?
Tiago Teixeira: Não me preocupo muito com isso. O mister Rui Borges e a sua equipa conquistaram o campeonato com todo o mérito. Cada parte do processo foi importante, para o bem ou para o mal. No final, todos contribuíram para que o Sporting fosse campeão.
Bola na Rede: Se tivessem tido mais tempo, acredita que poderiam inverter a situação? Acha que o Sporting poderia ter sido campeão com João Pereira no comando?
Tiago Teixeira: Acredito que sim. O futebol é volátil. Um resultado pode transformar tudo. Às vezes, os jogadores precisam de um empurrãozinho para se destacarem. Sem dúvida, penso que poderíamos ter avançado e conseguido o sucesso.
Bola na Rede: Na fase em que esteve, não sentiu falta de ser treinador principal? Considerando as circunstâncias do João Pereira com a imprensa, por exemplo?
Tiago Teixeira: Não. Nós, da equipe técnica, sabíamos exatamente quais eram as nossas funções. É só após a saída que refletimos sobre tudo. Após essa experiência, percebi que era o momento certo para voltar à posição de treinador principal.
Bola na Rede: O Tiago Teixeira elogiou o Geovany Quenda. Acredita que ele está pronto para dar o salto para a Premier League e se afirmar no Chelsea?
Tiago Teixeira: Acredito que sim. Ele é extremamente talentoso e está numa nova fase de crescimento. Não é fácil crescer rapidamente e atingir uma nova exigência. Não é apenas algo dele, todo o seu entorno o apoia. O Quenda tem se mostrado bem nos últimos jogos e na seleção Sub-21. Certamente terá sucesso, seja no Sporting ou no Chelsea.
Bola na Rede: Neste último verão, aceitou a proposta do Al Wasl para treinar os Sub-23. O que o motivou a voltar aos Emirados?
Tiago Teixeira: Depois de um período sem treinar, tive algumas abordagens, mas nada em concreto até que surgiu a possibilidade de voltar aos Emirados, inicialmente para o Hatta, onde já tinha estado. Após um tempo, acabei recebendo a proposta do Al Wasl, um clube de grande prestígio aqui. Era uma ótima chance para mim, principalmente pela oportunidade de trabalhar próximo do mister Luís Castro, um treinador do qual posso aprender muito.
Bola na Rede: Como têm sido essas primeiras semanas no novo trabalho?
Tiago Teixeira: Estão a correr muito bem. Temos 11 semanas de trabalho. Inicialmente, focamo-nos na seleção de jogadores e o recrutamento teve seus desafios. Com o passar das semanas, conseguimos equilibrar o plantel e fizemos uma boa pré-temporada. O primeiro jogo não correu tão bem, mas os seguintes foram excelentes. A vitória contra o Al Ain foi uma grande satisfação.
Os jogadores estão cientes de que o objetivo principal é preparar-se para a equipa principal. Já conseguimos um jogador que teve minutos na equipa principal, um motivo de orgulho para nós.
Bola na Rede: Quais são os objetivos? Existe algum objetivo de pontos ou classificação?
Tiago Teixeira: Não estabelecemos um objetivo específico de pontos. Entretanto, desejamos vencer todos os jogos. Um clube com a dimensão do Al Wasl deve sempre lutar para ganhar. Queremos cultivar essa mentalidade nos jogadores. O foco é prepará-los para os desafios da equipe principal e apresentar rendimento.
Bola na Rede: Você já mencionou que gostava de voltar a trabalhar na Primeira ou Segunda Ligas. Antes de assinar com o Al Wasl, recebeu ofertas de Portugal?
Tiago Teixeira: Na realidade, não recebi nenhuma abordagem de Portugal. Tive algumas propostas no exterior e convites de clubes aqui dos Emirados. Portugal não me procurou, nem mesmo na Liga 3. Também gostaria de um dia retornar, mas neste momento estou satisfeito com o projeto que tenho.
Bola na Rede: Para concluir, gostaria de saber a sua opinião sobre algumas questões rápidas do futebol português. Qual equipe você considera mais preparada para ser campeã?
Tiago Teixeira: Em uma análise geral, o Sporting sempre será um dos principais candidatos. É bicampeão e possui um núcleo de jogadores que estão juntos há vários anos, o que é crucial. O presidente Frederico Varandas tem feito um trabalho admirável ao manter a estrutura. O FC Porto, em minha opinião, contratou muito bem, trazendo jogadores certos para o seu modelo de jogo. O Benfica também é uma ameaça, tendo investido bastante, mas não demonstrou um jogo tão atrativo sob o comando do Bruno Lage. Contudo, acredito que teremos uma disputa acirrada entre os três até o fim.
Bola na Rede: O Tiago Teixeira trabalhou com Viktor Gyokeres. Você acredita que Luis Suárez e Fotis Ioannidis conseguirão fazer esquecer o sueco?
Tiago Teixeira: Essa será uma missão difícil. Os números que o Viktor alcançou em Portugal são bastante desafiadores. O Suárez e o Ioannidis são bons jogadores, mas é improvável que atinjam as marcas do Gyokeres. Teremos que aguardar para ver.
«José Mourinho é, para mim, a maior referência enquanto treinador e, sem dúvida, a sua chegada ao Benfica representa uma grande contratação».
Bola na Rede: Como você viu a chegada de José Mourinho ao Benfica?
Tiago Teixeira: Conheço o Mister José Mourinho há muitos anos e tive o privilégio de acompanhar seu percurso como treinador. Para mim, ele é a maior referência e sua chegada representa uma imensa contratação para o Benfica. É um motivo de orgulho para Portugal contar com o treinador mais titulado da história, tanto a nível de Liga dos Campeões quanto nas competições nacionais.
Bola na Rede: Para encerrar, você tem trabalhado em vários escalões de formação. Quem acredita que poderá ser a revelação desta temporada?
Tiago Teixeira: Tenho acompanhado mais as seleções. A seleção A é uma das melhores que tivemos. É um prazer ver a seleção jogar, com jogadores de grande qualidade. Nos Sub-21, temos também excelentes jogadores. Eu mencionaria Rodrigo Mora e Geovany Quenda, que são extremamente talentosos. Mas o futebol é uma questão de oportunidades, e espero que tenham seus momentos para brilhar. Além disso, entre os treinadores, escolheria Vasco Botelho da Costa, do Moreirense, um jovem com ideais que admiro e que pode ser uma revelação na Primeira Liga.
Bola na Rede: Muito obrigado por esta entrevista.
Tiago Teixeira: O prazer foi meu.
