A Porto Design Biennale 2025 já começou oficialmente. A quarta edição do evento, que celebra o design contemporâneo em suas diversas expressões, teve início na quinta-feira, 23 de outubro, na Casa do Design, em Matosinhos, com a inauguração da exposição principal “O Tempo é Presente. Inventar o Comum”, expandindo-se esta sexta-feira para vários locais do Porto.
Organizada pela esad–idea, em colaboração com as câmaras municipais do Porto e Matosinhos, a Biennale ocorrerá até dezembro, promovendo uma reflexão sobre o design como uma prática transformadora e relacional. A exposição inaugural, com curadoria das designers italianas Angela Rui e Matilde Losi, juntamente com a curadora local Eleonora Fedi, apresenta mais de 60 autores e projetos, tanto nacionais quanto internacionais, incluindo Francis Alÿs, Didier Fiúza Faustino, matali crasset, raumlaborberlin e Andrea Branzi, além de jovens criadores e coletivos emergentes, como a ESAD-Escola Superior de Artes e Design de Matosinhos.
Durante a apresentação pública, a presidente da Câmara de Matosinhos, Luísa Salgueiro, destacou a importância do evento como “um momento alto da programação cultural anual”, enfatizando o papel da Biennale como “plataforma crítica e colaborativa que reforça o design enquanto ferramenta construtiva e participada”.
O design tomou conta das ruas
A sexta-feira foi repleta de inaugurações e performances nas duas margens do Douro. No Beco Passos Manuel, o restaurante solidário da Baixa recebeu o projeto “New Diner”, criado pela designer francesa matali crasset, que propôs uma nova perspectiva sobre o ato de comer em comunidade.
No Palacete Viscondes de Balsemão, foi aberta a exposição “Present Continuous”, com curadoria de Helena Sofia Silva, enquanto a Biblioteca Popular Pedro Ivo, no Marquês, acolheu uma conversa sobre o livro Paralaxes.
A manhã iniciou no Largo Soares dos Reis, com a apresentação de “Serpentina”, um projeto que redesenha o parque homónimo no Bonfim, desenvolvido pela Câmara do Porto e pelas designers Maria João Macedo e Patrícia Costa.
A Casa do Infante recebeu a exposição “Landscape Together: Care, See and Act Together”, com curadoria de Marta Aguiar, enquanto a Alameda das Fontaínhas se preparou para o concerto “House of Echos”, dirigido por Luís Castro e com design de Didier Fiúza Faustino.
O dia culminou no CACE Cultural do Porto, com o lançamento do livro Strangers Need Strange Moments Together, do coletivo daily tous les jours, e a exibição do filme Dwellers, de Anders Khan Bolin e Martin Konzett, seguido pela festa Maracujália + Porto Design Biennale que se estendeu pela noite.
O presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, definiu a Biennale como “um espaço de pensamento e disrupção em torno de uma disciplina fundamental para melhorar a nossa experiência com o mundo.”
A exposição principal “O Tempo é Presente. Inventar o Comum” poderá ser visitada até março de 2026, na Casa do Design, em Matosinhos, de terça a sexta-feira, das 10h00 às 13h00 e das 15h00 às 18h00, e aos sábados, das 15h00 às 18h00.
Mais informações: www.portodesignbiennale.pt
Fotografia: C.M.Matosinhos
